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Como Calcular O Custo De Compra E Reforma De Imóveis Antigos
A compra de imóveis para reforma pode ser uma estratégia financeira interessante, pois permite ao comprador adquirir um imóvel por um preço relativamente mais baixo e, com os investimentos certos, agregar valor considerável à propriedade. Contudo, para que essa estratégia seja bem-sucedida, é fundamental calcular de maneira precisa todos os custos envolvidos. Neste artigo, vamos explorar as etapas e os elementos essenciais para calcular os custos de compra e reforma de imóveis. 1. Entendendo os Custos de Compra de Imóveis para Reforma Ao adquirir um imóvel para reforma, há uma série de despesas iniciais a serem consideradas além do valor de compra. Essas despesas incluem: a) Valor de CompraEsse é o valor inicial do imóvel. Geralmente, propriedades para reforma tendem a ter preços mais baixos em comparação aos imóveis prontos para morar. É importante garantir que o valor de compra permita espaço para os custos de reforma e para a valorização do imóvel ao final do projeto. b) Impostos e Taxas de TransferênciaHá uma série de impostos e taxas que incidem sobre a compra de imóveis. No Brasil, os principais incluem: -*Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)**: normalmente varia entre 2% e 4% do valor do imóvel.-*Registro e Escritura**: despesas com o cartório, geralmente calculadas como uma porcentagem do valor da transação ou seguindo uma tabela específica. c) Honorários de Corretores e Taxas de AvaliaçãoÉ comum contar com corretores e assessoria para avaliar o imóvel. As taxas de corretagem giram em torno de 6% sobre o valor de venda. Além disso, algumas instituições financeiras exigem avaliação independente, com custo variando entre R$ 500 e R$ 1.500, dependendo da região. 2. Análise e Planejamento da Reforma Antes de realizar a compra, o próximo passo é o planejamento da reforma. Essa etapa é essencial para prever os custos envolvidos e evitar surpresas financeiras. Os principais aspectos a serem considerados são: a) Avaliação EstruturalImóveis antigos podem esconder problemas estruturais como infiltrações, danos na fundação ou falhas no sistema elétrico e hidráulico. Para identificar esses problemas, recomenda-se contratar um engenheiro ou arquiteto para realizar uma inspeção detalhada. b) Orçamento de MateriaisOs materiais de construção representam uma parte significativa do custo de uma reforma. É essencial calcular a quantidade necessária de cada material e o preço médio no mercado. Esses materiais incluem: - *Materiais Básicos**: cimento, tijolos, areia, entre outros.- *Acabamentos**: pisos, revestimentos, pintura, entre outros.- *Componentes Elétricos e Hidráulicos**: fiação, tubos, conexões, etc. Os preços desses materiais podem variar significativamente de acordo com a qualidade e a marca escolhida. É interessante solicitar orçamentos em diferentes fornecedores para obter o melhor custo-benefício. c) Mão de ObraA mão de obra é outro item fundamental no orçamento. O custo pode variar de acordo com a complexidade da reforma e a região em que o imóvel está localizado. Profissionais que geralmente precisam ser contratados incluem: - *Pedreiros e Serventes**: para a construção em si.- *Eletricistas e Encanadores**: para realizar ajustes nas instalações.- *Pintores e Azulejistas**: para acabamento. É recomendado solicitar orçamentos de pelo menos três profissionais ou empresas de confiança e considerar possíveis aditivos que possam surgir. d) Licenças e AlvarásDependendo da natureza da reforma, pode ser necessário obter alvarás da prefeitura local. Esses documentos garantem que a reforma atende às exigências legais. Os custos para obtenção desses alvarás variam, podendo ser fixos ou calculados como uma porcentagem do valor da obra. 3. Custos Indiretos Além dos custos diretos, é preciso considerar despesas indiretas, que muitas vezes são esquecidas no planejamento. Esses incluem: a) Custos com Transporte e LogísticaDurante a obra, o transporte de materiais e o descarte de entulho representam custos adicionais. Algumas cidades exigem a contratação de caçambas para descarte de resíduos, cujo valor depende da quantidade de entulho e da região, mas pode chegar a R$ 1.000 por caçamba. b) Gastos com Moradia TemporáriaCaso o imóvel não possa ser habitado durante a reforma, é necessário considerar os custos de uma moradia temporária, seja um aluguel ou hotel, até a conclusão da obra. c) Impostos de Propriedade e Tarifas de Serviços PúblicosMesmo durante a reforma, o proprietário continua responsável pelo pagamento de IPTU e tarifas básicas, como água e energia. Esses valores devem ser incluídos no orçamento total, especialmente em reformas de longa duração. 4. Ferramentas para Calcular os Custos Para calcular os custos totais, o uso de uma planilha ou software específico de gestão de obras é altamente recomendável. Abaixo, listamos algumas das principais ferramentas e métodos: a) Planilhas de OrçamentoFerramentas como Microsoft Excel ou Google Sheets permitem criar planilhas para detalhar cada item da reforma. Com funções matemáticas, é possível calcular o total de cada etapa, facilitando a visualização dos gastos previstos. b) Softwares de Orçamento e Planejamento de ObrasSoftwares como o **Sienge** e o **OrçaFácil** são especializados em construção civil e permitem o acompanhamento mais detalhado do orçamento, controlando gastos e comparando com o orçamento inicial. c) Índices de Custos de ConstruçãoNo Brasil, o **Índice Nacional da Construção Civil (INCC)** é uma referência para os preços de materiais e mão de obra. Consultar o INCC permite ao comprador ter uma ideia de variações nos custos ao longo do tempo e preparar o orçamento de forma mais precisa. 5. Exemplo Prático de Cálculo dos Custos Para ilustrar o cálculo de custos, vejamos um exemplo de compra e reforma de um imóvel de 100 m² em São Paulo: Passo 1: Custos de Compra1. Valor de compra do imóvel: R$ 300.0002. ITBI (3% do valor): R$ 9.0003. Escritura e Registro: R$ 3.0004. Taxa de corretagem (6%): R$ 18.000 **Total de custos de compra**: R$ 330.000 Passo 2: Custos da Reforma1. Avaliação estrutural: R$ 1.5002. Materiais de construção: - Materiais básicos: R$ 20.000 - Acabamentos: R$ 25.000 - Componentes elétricos e hidráulicos: R$ 10.0003. Mão de obra: - Pedreiros: R$ 15.000 - Eletricistas e encanadores: R$ 5.000 - Pintores: R$ 3.0004. Licenças e alvarás: R$ 2.000 **Total de custos da reforma**: R$ 81.500 Passo 3: Custos Indiretos1. Transporte e descarte de entulho: R$ 1.5002. Moradia temporária (3 meses de aluguel): R$ 4.5003. IPTU e tarifas: R$ 1.000 **Total de custos indiretos**: R$ 7.000 Total Geral do Investimento**Total = R$ 330.000 (compra) + R$ 81.500 (reforma) + R$ 7.000 (indiretos) = R$ 418.500** Este exemplo ilustra como os custos totais podem rapidamente se acumular e é um guia útil para quem deseja calcular os custos de compra e reforma de forma eficiente. *Conclusão Calcular os custos de compra e reforma de imóveis exige atenção aos detalhes e ao planejamento. Compreender cada aspecto do processo de compra e reforma permite ao comprador realizar um investimento seguro e potencialmente rentável. Ter uma previsão realista dos custos ajuda a evitar surpresas financeiras e contribui para que o imóvel reformado possa ser vendido com uma boa margem de lucro ou se tornar uma residência confortável e valorizada. Este planejamento prévio é um diferencial importante em um mercado imobiliário competitivo, proporcionando uma visão clara e estratégica dos investimentos feitos.
Por Victor, em 05/11/2024.

Ar Condicionado Para Edifícios
Ar Condicionado para Edifícios Existe muita falta de informação para este tema, pois muitos edifícios afirmam não permitir a instalação de ar condicionado por conta da falta de carga elétrica nos apartamentos e falta de espaços para área técnica. Hoje em dia esta afirmação pode ser equivocada por falta de conhecimento, os sistemas de ar condicionado estão cada dia mais atualizados e eficientes em relação ao consumo e as maquinas diminuíram muito em tamanho e é possível utilizar apenas uma unidade externa para todo o apartamento. Eletricidade Nesta parte é necessário um estudo, com engenheiro elétrico levantando as cargas dos apartamentos e apontando as necessidades de cada cliente ( troca de disjuntores, cabeamento, etc ). O estudo deve ser apresentado ao condomínio que deverá solicitar o projeto e ART(Anotação de Responsabilidade Técnica) assinada do Engenheiro Elétrico. Muitos edifícios utilizam gás encanado para utilização do aquecimento da água, fazendo com que o consumo do apartamento diminua drasticamente, sendo que o chuveiro elétrico é um dos maiores vilões no consumo de uma residência. Área Técnica A instalação do ar condicionado demanda uma área especifica para a sua(s) unidade(s) externa(s), os modelos antigos eram grandes, e não havia possibilidade de utilizar uma unidade externa para atender todos os ambiente, hoje isso mudou e existe uma variedade de modelos internos ( Hi Wall, Cassete, Piso/Teto, Dutado ) acoplados a apenas uma unidade externa. Se o apartamento em estudo não dispõe da área técnica para o sistema, há a possibilidade de instalar plataformas técnicas anexadas ao edifício para viabilizar a instalação. Essa parte pode ser um pouco mais complicada, pois interfere na fachada do edifício e precisa ser aprovada pela reunião da assembleia do edifício. Após essa liberação o edifício formaliza um padrão de plataforma técnica para todos os apartamentos seguirem com projeto e certificação por empresa certificada pelo CREA. Conclusão A instalação do Ar Condicionado é possível, basta ter as pessoas capacitadas e certificadas para viabilizar a sua implantação. Ele trás conforto aos usuários e qualidade, mantém a umidade em porcentagens ideias para as pessoas e também eleva o preço do imóvel na sua comercialização. Sou Engenheiro Mecânico e a mais de 15 anos neste ramo. Eduardo D. Zamboni www.brar.com.br (11) 2912-2932
Por Eduardo, em 23/07/2021.